A DOR QUE DEVERAS SENTE

Divulgação de exposição

— NOME DO PROJETO

A DOR QUE DEVERAS SENTE


— TIPO DE PROJETO

Fictício/Conceitual


— PEÇAS

Cartaz, Marcador de Páginas e Cartão postal

Projeto de divulgação de uma exposição literária do autor Fernando Pessoa. O nome da exposição se deu ao trecho de um de seus poemas, “A dor que deveras sente”.


Foi solicitado a criação de 3 peças, sendo a principal o Cartaz de divulgação da exposição.

Conceito

Após algumas pesquisas sobre o Fernando Pessoa, me deparei com um movimento em que ele contribuiu para seu inicio, este seria o Orfismo, que foi um movimento modernista presente tanto na literatura quanto nas artes plásticas. A ideia central do projeto visual consiste na união do movimento modernista tanto literário quanto das artes visuais, ambos sintetizados pelo movimento em comum, que seria o Orfismo.

Orfismo

A palavra Orfismo vem de Orfeu, o poeta-cantor da mitologia grega. O movimento foi assim nomeado por Guillaume Apollinaire, para designar um grupo de artistas que, apesar de pertencentes ao Cubismo, tendiam cada vez mais à abstração, e por refletir a vontade destes artistas de inserir um caráter mais lírico e colorido ao rígido cubismo intelectual de Pablo Picasso, Georges Braque e Jean Antoine Arthur Gris.


A principal característica orfista era o uso da cor como meio essencial e primordial da sua expressão artística, Robert Delaunay, personalidade chave do movimento, dizia que “Só a cor é simultaneamente cor e motivo.” No Orfismo há uma tendência à abstração e à pintura pura

Orfismo Literatura

A primeira fase do modernismo português. Inaugurado no início do século XX. O Orfismo teve início em 1915 em meio a um período político-econômico conturbado para a Europa. Foi nesse clima de tensão que um grupo de artistas plásticos e escritores uniu-se para encontrar novas formas de expressão literária que rompessem com o acanhado meio cultural português. A Europa experimentava a eclosão de diversas correntes estéticas, entre elas o Futurismo e o Cubismo, vanguardas que conquistaram espaço em várias manifestações artísticas ao romper com o passadismo e com a tradição simbolista vigente. Influenciados por essa efervescência cultural, um grupo de escritores dentre eles Fernando Pessoa, criaram a revista com o objetivo de divulgar o modernismo em Portugal.


O Orfismo corresponde à primeira fase do modernismo em Portugal. Recebeu esse nome por causa da revista Orpheu, publicação fundada por um grupo de artistas plásticos e escritores.


Cartaz

O cartaz consiste em representar a figura de Fernando Pessoa e, suas características marcantes como o chapéu, óculos, bigode e seu traje smoking com sua gravata borboleta, tudo sintetizados pelo Orfismo das pinturas de Robert Delauney (percursor do movimento). A ideia não é fazer uma representação fiel de suas pinturas, e sim em trazer sua referencia de formas circulares e geométricas e sintetizar em algo mais gráfico. As cores no orfismo não tem uma razão psicológica por traz, mas sim a utilização da cor pela pura cor e seus contrastes de luminosidade. Porem nesse projeto as cores também representam os heterônimos de Fernando Pessoa que ele “fingia” ser, mas que todos fazem parte de sua própria personalidade.




Tipografia

A tipografia principal utilizada no titulo do cartaz foi a “VFC Sufler” por ser bem parecida com a usada na revista ORPHEU 2. A que foi escolhida para o nome dele “Fernando Pessoa” e para data e local, foi a “MRK MASTON”, pela sua estética levemente retro e por ser um pouco pesada para destaque. Já a tipografia para o texto mais longo, optei pela “ Cooper Hewitt”, pois tem um peso light deixando a leitura mais leve, além de compor bem com a estética geral.

Marca Pagina

O marcador de páginas ainda seguindo a estética principal do projeto é composto por 2 ilustrações, uma na frente e outro atrás, representando ainda Fernando Pessoa em pé e pensativo, onde em cada lado se tem uma face diferente, assim como seus heterônimos, ou seja, suas outras personalidades. A escolha de representar ele de pé. Na parte de baixo deixei um espaço livre para compor o titulo de um lado e o poema no outro. Apesar da foto de referência ter outro contexto, ela foi utilizada somente como base para sua pose em pé e de perfil.

Cartão Postal

Nessa peça escolhi representar Fernando Pessoa lendo um papel em sua mão, como se estivesse lendo ou revisando algum poema seu, e ao contrario do seu smoking preto, dessa vez foi representado pela cor amarela que representa seu sobretudo e chapéu caramelo em que ele usava em algumas ocasiões, principalmente na rua e em dias frios. Como sua cabeça esta levemente inclinada pra baixo, assim formando uma diagonal, resolvi colocar o texto seguindo essa inclinação, já que o formato horizontal possibilita maior espaço, além de fazer alusão ao que ele está lendo no papel, que no caso seria esse próprio trecho do poema em que dá o nome ao evento. A parte de traz optei pelo padrão, onde se tem uma linha central dividindo um espaço em branco e do outro a área do selo seguida de linhas para texto.